É prudente desprezar a inveja, mas a indiferença não vale o mesmo que a gentileza.
Não há aplausos suficientes para quem fala bem daquele que fala mal.
Não há vingança mais nobre que vencer a inveja com méritos e qualidades. Cada sucesso aumenta o tormento do invejoso. Para o rival a glória do outro é um inferno.
Este é o maior castigo: fazer da sua felicidade um veneno para o adversário.
O invejoso não morre uma vez só, mas tantas quanto o invejado for aplaudido.
A eternidade da fama de um compete com a dor do outro: os dois são imortais, aquele nas suas glórias e este nas suas penas.
O clarim da fama soa para anunciar a imortalidade de um e divulga a morte do outro, condenando-o à forca da inveja.
Baltasar Gracián
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